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Indústria do cimento está disposta a usar óleo recolhido no Nordeste, diz associação

Empresas podem utilizar o material como combustível para fornos em indústrias do setor.

22/10/2019

21 de outubro - Cerca de 200 voluntários e equipes da prefeitura trabalham para retirar manchas de óleo de trecho entre as praias de Itapuãma e Pedra do Xaréu, em Cabo de Santo Agostinho (PE) - Foto: Pedro de Paula/Fotoarena via Estadão Conteúdo

A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) confirmou nesta terça-feira (22) ter se colocado à disposição para receber o óleo recolhido no litoral do Nordeste e utilizá-lo como combustível para fornos em indústrias do setor.

A entidade está em contato com MarinhaIbama e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o recebimento do óleo, que seria tratado e utilizado como combustível ou matéria-prima alternativa para as empresas de cimento do Nordeste, segundo nota da ABCP.

"Se viabilizado o uso, este material será totalmente destruído, evitando assim novos impactos ambientais causados por um eventual descarte incorreto", disse a associação, que representa dez grupos responsáveis por 80% da produção de cimento do Brasil.

O uso do resíduo sólido contaminado com óleo na produção do cimento ocorreria graças ao coprocessamento, técnica que utiliza resíduos de diversas naturezas na geração de energia térmica para os fornos, acrescentou a ABCP.

Ao comentar o caso nesta terça-feira, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, já havia sugerido que os resíduos que estão sendo armazenados poderiam ser utilizados pela indústria do cimento.

A operação de limpeza das praias afetadas pelo derramamento de óleo, cuja origem ainda não foi identificada, já coletou mais de 600 toneladas do produto no litoral nordestino, de acordo com números divulgados pelo governo brasileiro na segunda-feira (21).

Fonte: G1