NOTÍCIAS

Plano de arborização na cidade é importante para agregar equilíbrio

01 Jun 2015

Plano de arborização na cidade é importante para agregar equilíbrio

Com o discurso apaixonado sobre a importância de um plano de arborização para a cidade que leve em conta rua a rua - como já acontece em vários países da Europa e na vizinha Argentina -, Benedito Abbud é um defensor do emprego do paisagismo para agregar equilíbrio ao duro espaço urbano. \"Precisa-se pensar em trazer de volta a natureza, o colorido das flores e os pássaros, elementos que despertam orgulho do entorno\", afirma. Os argumentos em prol do verde não cessam. \"Basta observar que os bairros valorizados são os com mais vegetação, a exemplo dos Jardins e da Vila Nova Conceição\". Vez ou outra, o paisagista sai a pé fotografando vias e praças, como a registrada por ele na imagem acima. Uma regra preciosa? Harmonia visual. Um jeito de obtê-la é dispor a mesma espécie em sequência ao longo do passeio. \"As pessoas param para apreciar as flores de ipês e quaresmeiras em vários pontos da metrópole. Em conjunto, as plantas conferem maior encantamento\", observa. Imagine, então, a beleza de composições com florações em diferentes épocas - ipês e eritrinas no inverno e quaresmeiras e acácias no verão são dois exemplos. \"O verde em tons variados, os galhos desfolhados e o colorido em períodos alternados impactam pela diversidade da paisagem ao passar do ano\", complementa. Outro conceito desenvolvido por Benedito é o da Calçada Viva: além das árvores, a proposta prevê o uso de arbustos, frutíferas e muros com forração. No piso, faz-se imprescindível a aplicação de placas drenantes, capazes de absorver a chuva e evitar enchentes. O projeto inclui, ainda, rampas de acesso, bancos e pontos de ônibus para o conforto dos usuários.

Leia a notícia completa

22 Mai 2015

"Pode sair um bom resultado", diz Klink sobre a COP-21 - Sustentabilidade - Estadão

PARIS - Ainda sem apresentar ao mundo sua \"contribuição nacional\" para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o governo brasileiro vê com otimismo as chances de um acordo climático na 21.ª Conferência do Clima (COP-21) das Nações Unidas, que começa no dia 30 de novembro, em Paris. A avaliação foi feita ao Estado pelo secretário nacional de Mudanças Climáticas, Carlos Klink, que participou de uma conferência sobre negócios e o clima, em Paris. No evento, o presidente da França, François Hollande, anfitrião da COP-21, destacou o papel dos países emergentes - por isso a importância do Brasil - e afirmou que ainda há riscos de fracasso. \"É preciso que tenhamos nesta conferência uma soma de engajamentos. \"Entender-se entre 196 (países) é quase um milagre\", afirmou Hollande. A seguir, os principais trechos da entrevista que Klink concedeu ao Estado: A respeito desses três dias de eventos na Europa, ao que parece a França, anfitriã da Conferência do Clima, e a Alemanha tentam acelerar as discussões... Notei claramente um engajamento muito forte. Havia 35 ministros de vários países, incluindo os pequenos, no Diálogo de Petersberg, em Berlim. Falou-se de tudo: de adaptação, mitigação, etc. Nas falas de Angela Merkel e François Hollande vi a posição europeia muito forte. A França tem uma responsabilidade, e Hollande ressaltou o risco de um fracasso político. Talvez por isso o governo francês esteja decidido a pressionar por um acordo que valha para todo mundo, com o que nós concordamos. Pela primeira vez vimos uma convergência muito forte para a impressão de que de Paris pode sair um bom resultado. Hollande ressaltou a preocupação com o fato de que apenas 37 países terem apresentado as \"contribuições nacionais\". O senhor acha que é um problema? Não estaria tão preocupado, mas ele está no seu papel, de fazer pressão, enviar um sinal político. Em outubro, a Convenção das Nações Unidas terá de pegar essas contribuições e transformá-las em números. Mas por que não estou preocupado? Porque nas negociações fazemos muitas reuniões bilaterais. Em Berlim, conversamos profundamente com os franceses, os alemães, os americanos, os chineses e com países pequenos. Há, claramente, um compromisso dos países em suas preparações. Eu veria de uma forma mais positiva que Hollande. O senhor diria que é uma estratégia do Brasil postergar a entrega de suas contribuições nacionais à Convenção do Clima? Não estamos postergando, mas construindo a melhor contribuição possível com os atores nacionais. Isso vai afetar a vida de todos os atores.

Leia a notícia completa
Empresa diz que contaminação ambiental pode não implicar em prejuízo à saúde de pessoas

22 Mai 2015

Empresa diz que contaminação ambiental pode não implicar em prejuízo à saúde de pessoas

Na última semana, o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso ajuizou ação civil pública com pedido de liminar contra algumas das maiores produtoras de agrotóxicos do mundo. Elas foram denunciadas em razão da exposição de trabalhadores a risco de contaminação por manuseio de embalagens de agrotóxicos. Além das empresas, também foram citadas a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sapezal (Aeasa) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). Juntas, elas poderão pagar uma indenização que ultrapassa a casa dos 50 milhões de reais.   Em comunicado encaminhado ao ExpressoMT, a assessoria da Shell ressaltou que a existência de contaminação ambiental não implica, necessariamente, em exposição e prejuízo à saúde de pessoas. Segundo a empresa, o próprio acordo, firmado em abril de 2013, no âmbito da Ação Civil Pública Trabalhista, não reconheceu qualquer negligência por parte da Shell e da Basf com relação à saúde dos funcionários da antiga fábrica de produtos químicos na cidade de Paulínia (SP).    A assessoria da empresa cita a cláusula 17ª, que prevê expressamente que \"a celebração do acordo não importa o reconhecimento pelas reclamadas de responsabilidade pelos danos, de qualquer espécie, invocados pelos reclamantes\". \"É importante lembrar que, apesar de estudos técnicos mostrarem que a contaminação ambiental não impactou a saúde de ex-trabalhadores e seus dependentes, a empresa já vinha prestando assistência médica integral para os antigos trabalhadores de Paulínia e seus dependentes mais de um ano antes de o acordo ser homologado nos termos propostos pelo TST\", destacou o documento.   De acordo com o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, a ação é desdobramento de inspeção realizada pelo MPT na Aeasa, em fevereiro deste ano, em conjunto com pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na ocasião, foram constatadas diversas irregularidades trabalhistas, como a falta de condições mínimas de segurança aos empregados expostos ao veneno e inexistência de local para a higiene dos funcionários.   O procurador do Trabalho, Leomar Daroncho salientou que a Aeasa e a Inpev atuam como \"extensão\" das multinacionais. Segundo o procurador Renan Bernardi Kalil, que também subscreve a ação, se a Justiça do Trabalho reconhecer a responsabilidade solidária das empresas e a gravidade das denúncias, a condenação pode aumentar e muito. Isso porque o MPT também pediu o pagamento de indenizações por dano moral individual em valores não inferiores a R$ 1 milhão para cada um dos trabalhadores submetidos, desde o início do funcionamento do estabelecimento, na década de 1990, aos enormes riscos da atividade.

Leia a notícia completa